sábado, 30 de maio de 2009

Memórias .

Vou acordar dentro de 5 segundos.
Ora aqui está. Bom dia.
Os bancos da cozinha parecem verde lima, nunca tive uns desta cor. Estranhei. Franzi as inexistentes sobrancelhas.
E não lhes prestei maior atenção.
O leite estava frio. Enchi um copo e levei-o para fora de casa. O tempo assim o permitia.
Eram sete da tarde, a minha hora preferida do Verão que já chegara.
Sim, estava ali, no meio da rua, a sentir o frio do leite na ponta dos dedos, e o cheiro que emanava da vedação florida da minha vizinha do lado, que o vento fazia tanto gosto em trazer.

Fechei os olhos. Tudo parecia perfeito demais... Parecia errado.
Deixei escorregar por entre os dedos o copo. Propositadamente.
Havia aquela necessidade constante de fuga psicológica. Não aguentaria por muito mais tempo a perfeição daquele momento.
Ouvi os estilhaços quebrarem-se em inúmeras partículas. E as gotas a salpicarem-me as pernas nuas.

Nem aí reagi.
Não consegui largar a mão do que me prendia àquele espaço de tempo preciso.

O leite escorria pela rua. O vento batia contra as folhas. Os estilhaços saltavam pelo solo.
E eu?
Eu? Eu cheguei à conclusão que não tenho poder para fazer o meu próprio coração bater.

C.

sexta-feira, 29 de maio de 2009


APETECE-ME

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Baby Panda



Só nós podemos descrever as figuras que fizemos enquanto vimos isto.
Chorámos de tanto rir.

A cara da mãe panda quando o bebé espirra.. Ai pa.. Que comédia.
Cara the 'what the fuck!?'

Caroll

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Fácil.

Apetece-me abrir uma garrafa
E na sua companhia ir para lá
Longe de nós, de ti
E ficar quieta
Simplesmente assim
Mas a garrafa tem um fim.

E eu não.

Laina

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Brainstorm.

Até que o cansaço se apoderou de mim. Sim estou exausta.

Acrescentando a uma dor física geral iniciada por uma gripe, que faz as minhas articulações gemerem cada vez que me mexo, e uma dor de cabeça que me faz sentir partes no interior do meu crânio que nem sabia que tinha, sinto-me fraca só de prever o que os próximos dias me trazem.

Algures no tempo, em toda a minha linha cronológica, devo ter ouvido umas 137 vezes um Não deixes tudo para a última da hora, mas isso, comigo, simplesmente não tem tendência a revelar-se. Talvez quem se lixe depois seja eu.

Enquanto, supostamente, deveria ter perdido 6 horas por dia a ler, sublinhar, resumir e falar sozinha para as paredes, perdi 6 horas do meu dia a fingir que lia, sublinhava, resumia e falava sozinha para as paredes. Não porque alguém não me deixasse sair de casa ou andasse a controlar o meu estudo, mas simplesmente, e na minha opinião o pior dos motivos relevantes ao tema, porque para mim eu não poderia perder tempo com outras coisas a não ser com as dezenas de tarefas que tinha de fazer e apresentar dentro de dias.

Não fiz nada de interessante pois tinha de estudar, mas, em contrapartida, fiquei em casa a olhar para a realidade através da janela do meu quarto, à espera de uma inspiração divina que me fizesse concentrar num livro por alguns momentos. Resultado, não fiz nada, incluíndo o estudar.

E agora, estou a sofrer com todo o tempo que perdi sentada ora na cadeira em frente à secretária, ora no chão, ora em cima da cama sem nada fazer (ah, mas sempre com o livro atrás, caso viesse um rasgo de inspiração).

Como o professor de Geometria diz:

Há uns que querem ir para a faculdade, outros querem ir para a PizzaHut. Ambos são objectivos válidos e concretos. E é sempre útil alguém com um chapéu vir ter connosco e perguntar o que desejamos.

Será?

Carolina

terça-feira, 19 de maio de 2009

Mesmo?







Às vezes o real nem sempre o é.
Pintura feita no chão por Julian Beever.
Fiquei assim =O
Carolina

segunda-feira, 18 de maio de 2009

À espera

E não foi a primeira vez que te vi assim, acanhado, sem vontade de estar ali presente e sem vontade de falar. Sujeitares-te a uma ferida no teu orgulho. Foi sim a primeira vez que realmente te vi tomares uma atitude da qual não estava à espera, e que não tivesse sido pouco pensada, infantil, reflexo de um impulso.

Vi o nervosismo escorrer-te pelas mãos.
(E adorei)
Carolina, à espera do próximo impulso.

sábado, 16 de maio de 2009

Restos.











Eu não sou os teus restos.
Carolina




sexta-feira, 15 de maio de 2009

Não me ocorre nenhum título

Se um dia sentires um enorme vazio dentro de ti .
Vai comer, que é fome.

Carolina

terça-feira, 12 de maio de 2009

Caos.

By Ilan Rubin

A vida é isso que estás a ver:
Hoje sorris,
Amanhã não sorris,
E segunda-feira ninguém sabe o que será.

Carlos Drummond de Andrade
Carolina

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Feliz atmosfera quente





Às vezes pergunto-me se as pessoas vêem realmente a cor que pinto, o sorriso que esboço ou a resposta agreste que dou.

Será assim tão complicado perceberem que eu, sinceramante, tenho um pôr do sol para aproveitar, um cigarro para fumar, um muro que quero subir, e sentar bem lá no topo onde poderei gritar: FELIZ DIA... DIA... DIA DE HOJE!

Não preciso que me entendam, assim tanto.
Carolina